A mídia só é livre quando a mente é livre


Evandro Ouriques introduz no I Forum de Mídia Livre a questão da Mente Livre. Publicado na Revista NovaE em junho/2008.

Seiscentas pessoas já confirmaram sua participação no 1º Fórum de Mídia Livre (FML), que acontecerá no Rio de Janeiro neste fim de semana. As inscrições continuam chegando de todo o Brasil, e a expectativa da organização do evento é de que pelo menos 800 pessoas façam parte das questões que serão tratadas no Campus Praia Vermelha da UFRJ.

O Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ faz parte do Comitê Organizador do FML, através de seu coordenador, professor Dr. Evandro Vieira Ouriques, e teve a oportunidade de introduzir a questão da "Mente Livre" na programação do Fórum por entendê-la decisiva para o vigor de uma Mídia Livre.

O Prof. Evandro, cientista político, jornalista, terapeura de base analítica e consultor organizacional, fala aqui deste conceito, que desdobra a linha de pesquisa do NETCCON dedicada à proposição teórica e sustentação operacional de uma economia psico-política da Comunicação e da Cultura.

"O Forum de Mídia Livre é o lugar decisivo para tratarmos da questão da "Mente Livre", que proponho e sustento, pois a "Verba Livre", que o FML quer obter através de pressões legítimas na direção do Governo para que haja distribuição democrática das verbas publicitárias públicas, e o "Verbo Livre", que o FML também quer ajudar a ampliar através da cultura digital e das redes, somente alcançarão seu objetivo de transformação social se os ativistas estiverem livres das sequências mentais do regime de servidão tornando-se ele próprios exemplos vivos no mundo de comunicadores-cidadãos, de cidadãos-comunicadores. O que permite que hajam relações de confiança, sem as quais as redes e toda a esperança nelas depositada por muitos não pode se efetivar, pois a confiança é a base da construção horizontal de agregadores de transformação."

"Ou seja mídia livre só existe quando o midialivrista é de fato livre, fala com voz própria, conseguiu vencer em si mesmo a tendência generalizada de agir com base no interesse e no poder auto-referenciados, atitude que é naturalizada e que impede, como disse, as relações de confiança. Como criar uma rede de redes se não há confiança, se há apenas luta pelo poder? A referência para uma ação livre no mundo é outra, ela precisa ser a generosidade, este para mim o outro nome do “espírito público”, da democracia, dos direitos humanos, dos direitos ambientais, dos direitos das crianças de dos adolescentes, das políticas públicas, da responsabilidade socioambiental.”

"No livro História das Teorias da Comunicação, o belga Armand Mattelart, professor da Universidade de Paris e um dos mais eficientes críticos do monopólio mundial dos meios de comunicação, diz que, nos dias atuais, criados pela produção de estados mentais (e por isto criei em 2005 na Escola de Comunicação a disciplina Construção de Estados Mentais Não-violentos na Mídia) a liberdade política não pode se resumir ao direito de exercer a própria vontade. Ele insiste, e eu concordo plenamente, que a liberdade política hoje reside igualmente no direito de dominar o processo de formação dessa vontade, já que, na maior parte dos casos, ela [a vontade] é capturada por um rio de mídia que atravessa a pessoa ao longo do seu desenvolvimento emocional, educacional, social e histórico. Um fluxo que fala e sente por ela."

"Hoje, a pessoa sente e pensa por meio da mídia que, em nenhum momento, a ajuda a parar e refletir. A aceleração, por exemplo, que os apresentadores dos telejornais utilizam é incompatível com o ritmo respiratório, metabólico. A respiração fica suspensa. E suspensa, impede que as informações entrem e sejam metabolizadas. Impedem, inclusive, que a nossa mente (no sentido do conjunto de percepções, pensamentos e afetos) tenha tempo de excretar o que não serve."

“Não há cultura digital que dê conta de gerar relações de confiança. Para construirmos confiança precisamos de algo ainda mais difícil do que a verba livre e o verbo livre. Precisamos de uma Mente Livre, livre destes tempos de amor líquido, no qual os relacionamentos pouco se sustentam ou não se sustentam pois não há conversa na maioria das vezes, mas tentativas cruzadas, e em rede, de convencimento do outro. Se Zygmunt Bauman [sociólogo polonês] mostra que estamos na época do amor líquido, é porque vivemos uma era de relações líquidas. No entanto, o que garante o vigor da relação colaborativa nas redes, conseqüentemente, o vigor da cultura digital, é exatamente a estabilidade da confiança. Mas o que assistimos é a experiência do atropelamento, das decisões democráticas apenas nominais, quando a prática é a da imposição, da traição e da desconfiança. A grande mídia está, em geral, neste estado, e os midialivristas foram formados por ela, nela. Não nos tornamos livres apenas por uma vontade de ser livre. É um longo e complexo processo, como mostram por exemplo a psicanálise e a psicologia social."

"Baseados na luta política auto-referenciada, na vida como uma luta constante e implacável como única saída imaginada por oposição a um céu idealizado e inexequível, a organização social se mantém, atualmente, por uma estratégia de dessubjetivação, ou seja, de desespeciação: de perda do caráter de espécie, como provam os atos crescentes e sucessivos de horror com os quais convivemos e que estão presentes nas relações das equipes, das redes, das amizades, dos relacionamentos."

"Estamos diante, portanto, de sujeitos não-instalados. Portanto a verba livre e o verbo livre com sujeitos efetivamente não-instalados no qual o que nos fala é um vazamento do inconsciente temos é a expansão da história conhecida, seja ela pessoal e comunitária, racial, de gênero, de classe, etc., de traumas, abusos, discriminações."

"É decisivo portanto investirmos na construção de uma Mente Livre, para que as redes sejam efetivamente redes e não apenas clubes, nos quais o sentido de comunidade desaparece e o de política permanece como sendo apenas a tentativa de administrar grupos de pressão orientados por princípios vagos meta-organizados pela luta pelo poder, pela idéia vertical que alguém que sabe mais do que alguém. Mesmo que esta alguém seja de esquerda..."

"A História prova que os grupos que chegam ao poder tendem a repetir o mesmo padrão de comportamento dos grupos anteriores e prova também que quando as pessoas se juntam começam logo a se engalfinhar pelo poder. Ora precisamos de uma fonte de referência para a ação que não seja a própria ação e uma fonte de referência para a luta política que não seja a própria luta, porque senão colaboramos para o aprofundamento da barbárie. Como então conseguir agenciamentos possíveis de nossas singularidades em torno de objetivos/desejos comuns?"

"A Teoria Social, por exemplo, insiste em dizer que as práticas humanas são movidas pelo interesse e pelo poder. Ora, como é possível então explicar o desejo de democracia, de políticas públicas sociais, de responsabilidade socioambiental? O midiativista, o comunicador, o jornalista, o cidadão, o profissional precisa ser aquilo que ele gostaria de ver no mundo. Precisa dominar o processo de formação de sua vontade para não ser capturado pelos valores que mantêm a exclusão. Vida privada e vida pública são conceitos binários ultrapassados. Precisamos ser de fato o que gostaríamos de ver no mundo, como disse uma vez de maneira lúcida Mahatma Gandhi, aquele que derrubou o pai do Império que está aí, e à cuja mídia os midialivristas querem superar. É decisivo que se pense e se construa uma Mente Livre, pois só assim teremos de fato uma Mídia Livre".


O professor Evandro Vieira Ouriques, coordenador do NETCCON.ECO.UFRJ, pós-doutor em Cultura de Comunicação, Globalização de Mercados e Responsabilidade Ética, pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea-PACC, do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, tratará da questão da Mente Livre no Grupo de Trabalho Formação para uma Mídia Livre, no sábado à tarde, e na Oficina "Mente Livre, Mídia Livre", que ocorrerá no domingo à tarde.

Os cinco eixos temáticos

Na manhã de sábado (14) acontecerá a cerimônia de abertura do FML e, em seguida, terão início as mesas de discussão com cinco eixos temáticos: Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre; Democratização das Verbas Publicitárias Públicas; Fazedores de Mídia; Formação para a Mídia Livre e Mídias Colaborativas, Novas Mídias.

O primeiro eixo de discussão, segundo os organizadores do FML, tratará temas como "regulamentações, Lei Geral da Comunicação, direito à comunicação, TV pública, telefonia e internet pública, convergência das mídias, pontões de cultura digital, etc". O segundo eixo pretende analisar "a questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação".

O terceiro eixo, sobre o tema "Fazedores de Mídia", pretende fazer um "mapeamento da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências e movimentos sociais que fazem mídia e propostas que tenham o ’público’ e o ’comum’ como referência". Nesse eixo, será discutida a possibilidade de formação de um Portal de Mídia Livre, que poderá servir para potencializar o alcance e a possibilidade de sustentação da "mídia contra-hegemônica".

No quarto eixo, serão analisadas as experiências de universidades, de educação não-formal, de escolas livres, empresas, ONGs, coletivos, etc, que "podem contribuir pela construção de uma ’mente livre’ para formar ’midiativistas’, jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc, que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança".

O quinto eixo fará uma discussão sobre "os movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc) e as políticas de acesso e capacitação para o uso dessas ferramentas nos serviços públicos e mídias livres".

No domingo (15), acontecerá a plenária final do 1º FML, onde serão apresentados os resultados das discussões travadas nos cinco eixos temáticos. A plenária terá espaço para a intervenção de convidados, como representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, e partidos: "A intenção é que, durante a plenária final, seja também aprovado o Manifesto da Mídia Livre, documento de princípios do movimento", afirma Gustavo Barreto. Além dos grupos de discussão, os dois dias de evento na UFRJ também abrigarão oficinas (já foram inscritas 16) sobre temas diversos ligados à comunicação.

Movimento começou em março

Jornalistas, acadêmicos e ativistas pela democratização da comunicação divulgaram no início de abril manifesto em defesa da diversidade informativa e da garantia de amplo direito à comunicação.

O manifesto, resultado de reunião promovida em São Paulo em março, lançou as bases para a organização do I Fórum de Mídia Livre.

Convidados

Entre os convidados e organizadores e estão lideranças como Joaquim Palhares, Ivana Bentes, Gustato Barbosa, Antonio Biondi (Intervozes), Marcos Dantas, PUC-RJ, Jorge Bittar, Caetano Ruas, Circo Digital/Pontão de Cultura Digital, Gustavo Gindre, Intervozes/Comitê Gestor da Internet Brasil, Renato Rovai, Revista Fórum, Dario Pignotti, Jornais Página 12, Argentina, e La Jornada –México, Giuseppe Cocco, Le Monde Diplomatique/Global, Emir Sader, CLACSO e UERJ, Mário Augusto Jakobskind, Brasil de Fato, Altamiro Borges, Vermelho, Bárbara Szaniecki, Revista Global, Paulo Lima, Viração SP, Augusto Gazir, Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC) da Maré RJ, Marcus Faustini, Escola Livre de Cinema - Nova Iguaçu RJ, Rosane Svartman, Nós do Morro, Hamilton Octavio de Souza, Curso de Jornalismo da PUC-SP, Zilda Ferreira, Educom, João Pedro Dias Vieira, UERJ, Oona Castro, Overmundo-RJ, Ermanno Allegri, ADITAL – Agência de Informação Frei Tito para a América Latina-RJ, Patricia Canetti, Canal Contemporâneo e Conselho de Arte Digital no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), Cláudia de Abreu, Comunicativistas-RJ e Márcia Corrêa, Bem TV.

Programação & local do evento

O I Fórum de Mídia Livre acontecerá nos próximos dias 14 e 15 de junho de 2008 (sábado e domingo), das 9h às 17h (com pausas entre os debates e grupos de trabalho).

Será realizado no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Auditório Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e salas anexas. Endereço: Avenida Pasteur, 250 – Praia Vermelha. O Auditório Pedro Calmon fica no segundo andar do FCC.

Confira aqui os eixos temáticos e a programação completa do evento.

Inscrições podem ser feitas em http://forumdemidialivre.blogspot.com

SÁBADO, 14 DE JUNHO

9h às 12h - Mesa de abertura

ABERTURA DO FÓRUM com convidados e coordenadores do Fórum de Mídia Livre, com Apresentação/Distribuição de documento com questões, propostas, provocações iniciais do Fórum da Mídia Livre em torno dos eixos temáticos. Debate geral com os participantes. Dinâmica da Desconferência: 5 ou 6 convidados preparam uma fala/pauta/provocação de 5 a 10 minutos e depois abre-se a roda para todos que quiserem se inscrever e falar, com um limite de tempo. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

12h às 14h - Almoço

14h às 18h - Grupos de Desconferências com cinco eixos temáticos

Reunião em paralelo dos Grupos de Trabalho, moderados por um Coordenador e com a participação de desconferencistas com objetivo de propor um documento enxuto com considerações, encaminhamentos, propostas, em torno das questões do eixo temático do grupo. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

1) Democratização da Publicidade Pública e dos Espaços na Mídia Pública
A questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação e outras propostas concretas e pragmáticas. Trabalhar com o conceito de verbas livres.

Coordenador: Renato Rovai (Revista Fórum). Relator: Rodrigo Brandão (Comitê Rio do FML). Convidados: Antonio Mello (Blog do Mello); Claiton Mello (Gerência de Marketing da Fundação Banco do Brasil); Dario Pignotti (Ansa, Página 12 e Manifesto); Emir Sader (CLACSO e UERJ); Giuseppe Cocco (Le Monde Diplomatique e revista Global); Joaquim Palhares (Agência Carta Maior); Mário Augusto Jakobskind (Brasil de Fato); Robinson Almeida (secretário de Comunicação do Governo da Bahia).

2) Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre
Regulamentações, Lei Geral da Comunicação, Direito à Comunicação, TV Pública, Telefonia e Internet Pública, Convergência das Mídias, Pontões de Cultura Digital, etc.

Coordenador: Antonio Biondi (Intervozes). Convidados: Caetano Ruas (Circo Digital/Pontão de Cultura Digital); Jorge Bittar (deputado federal PT-RJ); Lalo Leal (professor da USP); Marcos Dantas (professor PUC-RJ).

3) Fazedores de Mídia
Mapeamento/discussão da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências, movimentos sociais que fazem mídia, propostas que tenham o "público" e o "comum" como referência pensando na constituição de um Portal de Mídia Livre. A questão da mídia "contra-hegemônica" e a potencialização da difusão mundial de outras formas de sentir, pensar e agir.

Coordenador: Altamiro Borges (Vermelho). Relator: Leandro Uchoas. Confirmados: Bárbara Szaniecki (Revista Global); Beto Almeida (Telesur); Fátima Lacerda (Agência Petroleira de Notícias); Patricia Canetti (conselheira titular de Arte Digital do CNPC - Conselho Nacional de Política Cultural); Paulo Lima (Revista Viração).

4) Formação para uma Mídia Livre
Como as Universidades, experiências de educação não-formal, escolas livres, empresas, ongs, coletivos, etc., podem contribuir pela construção de uma "mente livre" para formar "midiativistas", jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc., que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança.

Coordenadora: Ivana Bentes (ECO/UFRJ e Universidade Rede Nômade); Confirmados: Augusto Gazir (Escola Popular de Comunicação Crítica - ESPOCC); Evandro Vieira Ouriques (Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência - NETCCON.ECO.UFRJ); Fábio Mallini (UFES); João Pedro Dias Vieira (professor da Uerj); Luciana Bezerra (Nós do Morro); Marcus Faustini (Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu); Zilda Ferreira (Educom).

5) Mídias Colaborativas, Novas Mídias
Apresentação/discussão dos movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc.) e políticas de acessos e capacitação para o uso dessas ferramentas, implantação de ferramentas livres/não-proprietárias nos serviços públicos e mídias livres.

Coordenador: Gustavo Barreto (Consciência.Net) e Anselmo Massad (Revista Fórum). Confirmados: Claudia de Abreu (Comunicativistas); Ermanno Allegri (ADITAL); Oona Castro (Overmundo/Intervozes); Rita Freire (Ciranda).


DOMINGO, 15 DE JUNHO

9h às 12h - Plenária de leitura e aprovação dos relatórios com espaço para intervenções dos convidados, representando movimentos sociais, centrais sindicais, governos, partidos políticos etc.
Apresentação dos resultados dos Grupos de Trabalho. Discussão ampla e geral e Apresentação/Esboço de documento/manifesto do I Fórum da Mídia Livre, sintetizando as proposições e apontando prioridades. Debate. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

ALMOÇO - 12h às 14h

14h às 18h - Feira de projetos em espaço de sinergia
Oficinas, Encontros Regionais, iniciativas livres, encontros específicos, atividades propostas, apresentação de materiais produzidos durante o Fórum, nas Oficinas etc.

18h - Evento de encerramento
FESTA/Confraternização - Campus da Praia Vermelha e lugares em fase de proposição.

Haverá uma Sala de Imprensa para garantir a cobertura do evento pelos veículos de mídia livre.

(Esta notícia incorpora trechos de matéria publicada na Carta Maior e trechos de material de divulgação do FML e do NETCCON.ECO.UFRJ)

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